Gestão financeira por meio de indicadores. Existem diversos materiais que comentam sobre a importância dos indicadores para a gestão financeira de empresas, neste conteúdo citaremos aquilo que é fundamental e que pode fazer diferença para o seu negócio.
O principal objetivo de uma empresa gerida por meio de indicadores é fornecer informações úteis, que direcionem seus gestores a uma tomada de decisão mais adequada ao momento e interesses da empresa. Não podemos deixar de citar também a agilidade que os indicadores imprimem sobre a gestão financeira de qualquer negócio. Por meio deles é possível, a qualquer momento, acompanhar os resultados e, se bem construído, dar previsibilidade ao negócio.
Assim como em qualquer área de uma empresa, a gestão financeira é planejada com visão de longo, médio e curto prazos. A médio e longo prazo, compete a organização o planejamento dos investimentos, fontes de financiamento e definição da política de dividendos, equacionada em função dos objetivos da organização e do interesse e expectativa dos investidores.
A curto prazo, a gestão financeira deve permitir acompanhar os resultados operacionais da empresa, munindo os gestores de informações sobre a saúde financeira do negócio, de modo que possam tomar as melhores e mais ágeis decisões. É fundamental neste processo que a gestão financeira forneça meios para o planejamento financeiro, estabelecimento de metas, projeções e simulações de impacto financeiro futuro, ajustes no curso de ação e decisões de tomada de crédito e direcionamento dos investimentos.
Cabe ressaltar que o planejamento da gestão financeira de curto prazo depende, em parte, dos resultados passados, sendo fundamental que as organizações tenham um histórico financeiro organizado e que permita interpretar de forma segura seus resultados.
Neste contexto, os indicadores financeiros devem possibilitar analisar os resultados passados e dar bases para a visão financeira futura, permitindo aos gestores o planejamento e tomada de decisão antecipada.
E como se organizam os indicadores financeiros?
Os indicadores financeiros podem ser divididos em quatro grupos:
- Índices de liquidez: avalia a capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas de curto prazo com os ativos líquidos (recursos que podem ser convertidos rapidamente em dinheiro, como dinheiro em caixa, contas a receber, títulos do tesouro ou ações) disponíveis. Ele é calculado dividindo os ativos líquidos pelos passivos (obrigações da empresa) de curto prazo. Se o índice for maior que 1, significa que a empresa tem recursos suficientes para pagar suas dívidas de curto prazo.
- Índices de atividade: mede a eficiência da empresa em gerar receita com seus ativos. Ele é calculado dividindo a receita líquida de operações da empresa pelo valor de seus ativos. Quanto maior o índice de atividade, maior a eficiência com que a empresa está usando seus ativos para gerar receita. Seus principais indicadores são:
- Índice de Lucratividade Operacional (ROI);
- Índice de Despesas Operacionais (OPEX);
- Índice de Receita Operacional (OR);
- Índice de Lucratividade sobre Ativos (ROA).
- Índices de endividamento: medem a capacidade da empresa em honrar suas dívidas. Eles são calculados dividindo os passivos da empresa pelos ativos totais, e dividindo a dívida líquida da empresa pelo patrimônio líquido. Quanto mais elevados forem os índices de endividamento, maior o risco de que a empresa não consiga honrar suas dívidas.
- Índices de lucratividade: mensuram o nível de lucratividade da empresa. Eles são calculados dividindo o lucro líquido pelo valor total dos ativos ou pelos recebimentos de vendas. Quanto mais elevados forem os índices de lucratividade, melhor será o desempenho financeiro da empresa.
Os três primeiros mensuram principalmente o risco do negócio, enquanto os índices de lucratividade calculam o retorno. Os indicadores financeiros podem ainda ser agrupados em categorias, sendo:
- Medidas de solvência a curto prazo: mensuram a capacidade da empresa em cumprir com duas obrigações (pagar suas contas) em curto prazo. Incluem os índices de liquidez corrente, liquidez seca e liquidez imediata.
- Liquidez corrente: mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo COM seus ativos líquidos. Ele é calculado dividindo os ativos líquidos pela dívida de curto prazo. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo.
- Liquidez seca: mede a capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas de curto prazo sem usar seus ativos líquidos. Ele é calculado dividindo o patrimônio líquido pela dívida de curto prazo. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo SEM usar seus recursos líquidos.
- Liquidez imediata: mede a capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas de curto prazo com os ativos líquidos mais líquidos. Ele é calculado dividindo os ativos líquidos mais líquidos pela dívida de curto prazo. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo com seus recursos líquidos mais líquidos.
- Medidas de solvência a longo prazo: mensuram a capacidade da empresa em cumprir suas obrigações (pagar suas contas) a longo prazo. Estão contemplados na visão de longo prazo:
- Índice de endividamento geral: mede a capacidade da empresa de honrar suas dívidas. Ele é calculado dividindo a dívida líquida pela soma do patrimônio líquido e da dívida líquida. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de honrar suas dívidas.
- Cobertura de juros: mede a capacidade da empresa de pagar os juros sobre sua dívida. Ele é calculado dividindo os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) pela despesa de juros. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de pagar os juros sobre sua dívida.
- Cobertura de caixa: mede a capacidade da empresa de gerar caixa suficiente para pagar suas despesas de curto prazo. Ele é calculado dividindo o fluxo de caixa operacional pela despesa de curto prazo. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa de pagar suas despesas de curto prazo.
- Medidas de gestão de ativos ou giro: determinam a eficiência ou intensidade com que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas. Aqui estão contemplados o cálculo do giro de estoques, giro de contas a receber e giro do ativo total.
- Medidas de rentabilidade: medem a eficiência com que a empresa usa seus ativos e administra suas operações. A rentabilidade é medida pela margem de lucro, taxa de retorno do ativo e taxa de retorno do capital próprio.
- Medidas de valor de mercado: utilizada por empresas negociadas em bolsas de valores, mas que por vezes compõem uma visão para calcular o valor de uma empresa, mesmo não estando listada em bolsas. Aqui estão inclusos o índice de preço/lucro e preço/valor patrimonial.
A geração destes indicadores depende de uma base de informações organizadas e confiáveis. Vamos entender um pouco melhor?
Organização e eficiência da gestão financeira
A gestão das organizações está cada dia mais imediatista, não há muito espaço para que as decisões sejam postergadas ou tomadas em longo prazo. Neste sentido, os indicadores financeiros, são uma importante ferramenta para que os gestores imprimam ritmo a organização, sejam mais pontuais e assertivos em sua tomada de decisão.
Tais premissas são fundamentais para se atingir um nível de excelência na gestão financeira de um negócio: agilidade, organização e assertividade. Com base nestes pilares é possível tomar decisões que potencializem os resultados dos negócios.
Para organização das finanças, existem diversas práticas que podem ser adotadas, mas de todas dependem da padronização dos processos. Sem esta organização dificilmente uma empresa atingirá um nível de excelência.
Padronizados os processos, qualquer empresa poderá acessar seus dados de forma classificada, possibilitará uma melhor gestão dos seus recursos e fluxo de caixa, ter clareza dos seus resultados por meio de uma DRE ou Demonstrativo de Resultado do Exercício. E outras análises por meio do seu balanço patrimonial, ponto de equilíbrio e ainda por meio de cruzamento de informações com outras áreas do negócio.
Como exemplo, podemos citar o processo de gestão dos custos operacionais. Tendo os dados organizados a empresa poderá gerar diversos outros indicadores auxiliem em uma gestão mais inteligente do negócio. Por meio da análise dos custos é possível relacionar o custo de venda vs a receita gerada, o custo de pessoal vs a receita gerada, a margem de contribuição dos produtos ou serviços, dentre outros indicadores.
Parece ser complicado? Mas não precisa ser. Existem diversas alternativas para que as empresas alcancem a eficiência em sua gestão financeira e tenham um painel de indicadores que auxiliem os gestores na condução do negócio. Uma delas é o BPO Financeiro, ou seja, a terceirização da gestão financeira. A beePO é uma empresa especializada em gestão financeira, onde os clientes contam com todo suporte para geração dos seus indicadores financeiros, assegurado por uma gestão financeira organizada e eficiente.
Neste processo a beePO cuida de todas a rotina do contas a pagar, a receber, emissão de notas fiscais, fluxo de caixa, dentre outras atividades, além de gerar as informações e os relatórios financeiros, com os indicadores financeiros necessários a sua tomada de decisão.
O objetivo central é liberar os gestores a se concentrar no core business (atividades centrais e mais relevantes para geração de receita) enquanto cuidamos da gestão financeira, com toda transparência e segurança.
Converse com um de nossos analistas e entenda melhor como podemos ajudar a sua empresa a alcançar uma gestão financeira de excelência.