Os relatórios financeiros são documentos fundamentais para a eficiência e sucesso de uma gestão financeira. O que não pode faltar na hora de montar um relatório financeiro? Neste post, vamos listar algumas dicas e itens indispensáveis, que precisam estar presentes no seu relatório.
Existem diversas formas de compor um relatório financeiro, mas alguns conceitos centrais precisam ser conhecidos e estar presentes para que você tenha uma visão financeira correta do seu negócio.
Veja o que não pode faltar na hora de montar um relatório financeiro:
Receita Bruta: A receita bruta é um dos principais indicadores financeiros usados para medir o desempenho de uma empresa. Se trata do total de receitas que uma empresa gera de suas vendas de mercadorias, serviços ou atividades de investimento. A receita bruta não inclui descontos, impostos, devoluções de mercadorias ou outras deduções, como despesas de venda, serviços e despesas gerais.
Custos Fixos: Os gastos fixos são custos que a empresa tem mesmo que não produza nada ou que venda muito pouco. Independentemente da quantidade de produtos que a empresa produza ou venda, esses custos permanecem os mesmos. Alguns exemplos são: o Aluguel, a conta de Luz, Água e Salários.
Custos Variáveis: Por outro lado, os gastos variáveis são aqueles que aumentam ou diminuem em função da quantidade de produtos que a empresa produz ou vende. À medida que a produção ou as vendas aumentam, esses custos também aumentam, e vice-versa. Como exemplo, em uma fábrica de bolsas de couro, temos como gastos variáveis: matéria prima (couro, linha, zíper, etc.), despesas com manutenção, embalagem e outros.
Essa distinção é importante para a gestão financeira da empresa, pois permite que a empresa saiba quais custos são mais sensíveis à variação de produção ou vendas, e assim possa tomar decisões mais precisas e estratégicas em relação aos seus custos.
Resultado Operacional Bruto: O resultado operacional bruto de uma empresa é o resultado operacional deduzidos os custos operacionais (custos variáveis) e impostos e outras despesas relacionadas a operação da empresa. O resultado operacional bruto é um dos mais importantes indicadores financeiros para uma empresa, pois indica o seu desempenho e a sua capacidade de gerar lucro. É também um indicador financeiro que pode ser usado para avaliar e comparar a performance operacional das empresas.
Despesas Comerciais: As despesas comerciais são as despesas relacionadas a geração de receita em um negócio, bem como comissões, investimento em marketing e publicidade, participação em feiras, brindes e outras despesas. Entender as despesas e classificá-las corretamente permite gerar importantes indicadores de performance de vendas, como o ROI de vendas (Retorno sobre o Investimento em vendas) de cada canal, relacionando suas despesas e as receitas geradas.
Despesas Administrativas: Despesas administrativas referem-se a todas as despesas incorridas pela empresa para gerenciar seus negócios. Elas incluem todos os custos necessários para manter a infraestrutura da empresa, incluindo equipamentos, materiais de escritório, aluguel, manutenção e reparos, alimentação, eletricidade, água, serviços públicos, publicidade, impressão, telecomunicações e outros serviços.
Despesas com Pessoal: As despesas com pessoal, como o próprio nome já diz, se referem a todos os gastos com equipe. São as despesas como salários, benefícios e encargos, mas também devem contemplar as despesas com contratação e demissão, brindes e eventos para os colaboradores e o pró-labore dos sócios. Lembrando que o pró-labore é referente a retirada fixa dos sócios registrados em folha de pagamento. As demais são caracterizadas como retirada de lucro e registradas no item a seguir.
Despesas com Sócios: As despesas com sócios devem relacionar todas as retiradas dos sócios, despesas relacionadas a deslocamento, benefícios e outros. Lembrando que aqui não deve estar registrado o pró-labore, entendo que esta despesa é um custo fixo e atrelado a folha de pagamento obrigatório da empresa.
Lucro Operacional (EBITDA): O EBITDA é um importante indicador para mensurar a capacidade da empresa em gerar lucro, considerando apenas as suas atividades operacionais. Tal conceito é muito utilizado por investidores para avaliar o quanto vale uma empresa. O Lucro Operacional relaciona a capacidade que um negócio tem de fazer dinheiro por meio da sua atividade fim, ou seja, por meio daquilo que a empresa nasceu para fazer.
O EBITDA para empresas do regime tributário de Lucro Real é calculado considerando o Lucro antes dos juros, impostos depreciação e amortização. Já para empresas do Simples e Lucro Presumido, os impostos são deduzidos, uma vez que são cobrados sobre o faturamento.
No exemplo que fornecemos, deve ser considerado o cálculo para empresas do Simples ou Lucro Presumido. Desta forma, no relatório financeiro, os impostos vêm logo após a receita do cálculo da Receita Bruta.
Despesas Financeiras: As despesas financeiras são todas aquelas oriundas de juros, tarifas e empréstimos gerados por meio de tomada de crédito de uma empresa.
Investimentos: Os investimentos são todos os recursos, imobilizados ou não, com objetivo de ampliar a lucratividade em uma empresa. Todo e qualquer investimento realizado, por exemplo, em equipamentos, móveis e utensílios, ou outros, devem estar devidamente registrados. Entende-se que os aportes de sócios para manutenção da saúde financeira da empresa devem ser registrados somente após o Lucro Líquido (LL) de modo a não contaminar os resultados da empresa.
LL (Lucro Líquido antes da distribuição): O Lucro Líquido nada mais é que o resultado de lucratividade entre a Receita Total deduzindo os Custos Totais de uma empresa em determinado período. O seu cálculo é bem simples: Lucro Líquido = Receitas – Despesas Variáveis – Despesas Fixas.
Resultado Líquido do exercício: O Resultado Líquido é a apuração final de resultado, deduzindo a distribuição de lucro para os sócios e somados os aportes dos sócios. Na ponta final ele expressa o resultado que uma empresa obteve após toda movimentação financeira de entradas e saídas ao longo de determinado período/mês/ano.
Em um relatório financeiro bem estruturado, ainda é importante acompanhar a taxa de lucratividade gerada, ou seja, o Resultado Líquido dividido pela Receita total gerada. Este resultado, demonstrado em %, apresenta se no período em questão o resultado foi positivo ou negativo.
Temos ainda, na composição de um relatório financeiro, a necessidade de acompanhar os resultados de saldo de forma resumida e objetiva, conforme ilustramos abaixo. Desta forma a empresa poderá acompanhar se as entradas foram superiores ou inferiores as saídas, seu resultado e o impacto no saldo final, verificando se houve ou não geração de caixa no período.
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